“Meu filho sentia vergonha de mim porque os colegas dele diziam que eu era gorda”: mulher enfrenta rejeição e muda de vida após perder 47 kg

Aos 42 anos, Marlene da Silva viu sua autoestima desmoronar ao perceber que o próprio filho adolescente evitava ser visto com ela na escola. Marcada pela rejeição e críticas, ela decidiu transformar sua vida com um método novo de emagrecimento — e hoje, comemora não só a perda de peso, mas a reconexão com a família.

Por Marina Campos

14/04/2025 11h02 Atualizado há um dia

A dor da rejeição vai além do olhar, ela invade a alma e deixa cicatrizes que levam tempo para sarar.

“Toda vez que eu ia levar o meu filho para a escola, ele me pedia para ficar no portão e dizia que eu podia ir pra casa. Quando tinha apresentação ou coisas assim, ele não falava nada pra mim. Aí, certo dia, eu perguntei o que estava acontecendo. Foi quando ele me contou que os meninos da sala dele diziam que eu era gorda e ele ficava envergonhado”, desabafa Marlene da Silva, de 42 anos, moradora de São Bernardo do Campo (SP).

A revelação do filho foi o ponto de virada na vida de Marlene, que, há anos, convivia com a obesidade e a dor da rejeição familiar. Marlene, que chegou a pesar 124 kg, relatou que o seu distanciamento com o filho começou a se intensificar após ele começar a perceber o julgamento dos colegas sobre o seu peso. “Eu ficava devastada por dentro. Meu filho era o único com quem eu achava que ainda tinha uma conexão, mas, ao descobrir que ele sentia vergonha de mim, foi como se meu mundo caísse”, diz.

Com o coração apertado e a autoestima em frangalhos, Marlene decidiu que era hora de mudar. Ela já havia tentado diversas dietas, métodos e até tratamentos para emagrecer e eliminar a gordura corporal, mas nada parecia funcionar a longo prazo. 

“Passei por tantos regimes, usei remédios, fiz promessas e, ainda assim, sempre voltava ao ponto de partida. A frustração era enorme, e a sensação de fracasso me consumia”, lembra.

Foi só depois de muita pesquisa e de conversar com outras mulheres que enfrentavam o mesmo desafio que Marlene descobriu a dieta low carb — um estilo alimentar baseado na redução do consumo de carboidratos, como massas, pães e doces, e no aumento da ingestão de proteínas, gorduras boas e vegetais.

Ao adotar aos poucos esse novo estilo de vida, ela percebeu que seu corpo começou a reagir de forma diferente. A fome descontrolada diminuiu, a energia aumentou e, com o passar das semanas, os quilos começaram a ir embora — junto com a vergonha e a insegurança.

Marlene da Silva, aos 42 anos, perdeu 47 kg e reconquistou sua autoestima e a admiração da família.

Perda de 47 kg e a reconquista da confiança

Em menos de 10 meses, Marlene perdeu 47 kg, algo que ela nunca tinha conseguido com as dietas convencionais. “Não foi só a balança que mudou. Foi meu olhar no espelho, minha saúde, minha energia… eu voltei a me sentir viva”, conta.

A maior transformação, no entanto, não foi apenas física. Marlene diz que a relação com o filho passou a ser muito mais próxima e saudável após sua mudança. “Hoje, ele me pede para buscar ele na escola, me apresenta com orgulho aos amigos. Não tem mais vergonha de mim”, revela, emocionada.

A superação da dor da rejeição e o emagrecimento de Marlene não apenas transformaram sua saúde, mas também reaproximaram a família. Ela se sente mais conectada com seu filho e hoje, compartilha sua história e o método de emagrecimento em grupos de apoio para mulheres que enfrentam dificuldades semelhantes.

A mensagem de esperança para outras mulheres

“Muitas mulheres acham que é tarde demais para mudar. Eu mesma achava que, com 42 anos, já estava velha para tentar. Hoje, tenho uma nova vida, uma nova perspectiva. Não é só o corpo que emagrece, mas a alma. Eu renasci, e vou ajudar outras mulheres a fazerem o mesmo”, afirma Marlene, com um sorriso no rosto.